30 julho 2007

YouTube acadêmico
30/07/2007

Por Thiago Romero
Agência FAPESP – Uma nova plataforma de gerenciamento e transmissão de vídeos, desenvolvida pela equipe do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), foi implantada na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

A ferramenta, chamada de Vídeo@RNP, permite a distribuição gratuita de vídeos sobre atividades de ensino e pesquisa realizadas em todo o país. Os conteúdos multimídias podem ser inseridos e acessados pela internet a partir de ferramentas de armazenamento, busca, indexação e transmissão.

Antes de criar a plataforma, os pesquisadores envolvidos com o projeto fizeram um levantamento dos vídeos acadêmicos disponíveis na internet. “Em uma vista rápida a sites como o YouTube, é possível encontrar alunos de universidades brasileiras mostrando seus experimentos em laboratório”, disse Regina Melo Silveira, coordenadora do Grupo de Trabalho de Gerência de Vídeo (GTGV) do Larc e responsável pelo desenvolvimento da plataforma, à Agência FAPESP.

“Esse tipo de vídeo não é produzido por diversão e sim para demonstrar resultados de pesquisas. Por isso, resolvemos criar uma ferramenta específica para tal tipo de divulgação”, explicou a professora, destacando que o Vídeo@RNP foi inicialmente concebido para suprir as necessidades do setor acadêmico.

“Mas, até o fim do ano, pretendemos distribuí-lo como software livre para que fique à disposição e seja personalizado por qualquer instituição de ensino e pesquisa no país, pública ou privada”, disse Regina.

Ao se cadastrar no sistema atual, que disponibiliza vídeos como palestras e documentários, além de permitir a transmissão ao vivo de eventos, o usuário pode personalizar um ambiente de acordo com suas necessidades. O sistema é dividido basicamente em vídeos públicos, que podem ser vistos por qualquer usuário, e vídeos privados, restritos a comunidades específicas de usuários cadastrados.

“Imagine um grupo de pesquisas em medicina que tem vídeos de operações médicas que não podem ser divulgados abertamente, por exemplo. Esses vídeos ficam em um ambiente voltado às pessoas que integram o grupo”, explicou Regina.

Segundo a coordenadora do GTGV, o cadastramento de vídeos na plataforma é controlado. “Apesar de todos os vídeos poderem ser visualizados livremente, a RNP está em fase de criação de uma política de controle para a inserção dos vídeos na plataforma.”

Ao todo, sete servidores estão disponíveis para gerenciar a distribuição dos vídeos e, segundo ela, a RNP deverá expandir essa infra-estrutura para mais de 20 servidores, “de modo que todos os pontos de presença da rede espalhados pelo território nacional tenham pelo menos um servidor de vídeo para essa finalidade”.

O projeto dos servidores de transmissão é conduzido em parceria com docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O Vídeo@RNP também deverá ser personalizado, nos próximos meses, para o portal da USP, onde serão armazenados vídeos do acervo científico, educacional, cultural e histórico da universidade.

Mais informações: http://video.rnp.br

23 julho 2007

Pode a Agricultura Biológica Alimentar o Mundo?

Apesar do seu crescimento, os investigadores ligados à Agricultura Biológica indicam que é possível alimentar a população mundial prevista em 2020 sem recorrer aos agroquímicos nem às manipulações genéticas.

Angeles Parra, Secretária-Geral da VIDA SANA

O facto é que, hoje, 800 milhões de pessoas estão subnutridas e muitas morrem apesar da chamada "Revolução Verde" e da tremenda utilização de agroquímicos nestes últimos 40 anos. As indústrias químicas e outras - maquinaria, construção, indústria petrolífera - que tanto enriqueceram durante este período, asseguraram-nos que os adubos, pesticidas e outros produtos fitossanitários acabariam com a fome mundial. Não há muito tempo que Henry Kissinger ainda prometia acabar com este flagelo em 10 anos.

O problema da fome não se resolve com receitas tecnológicas. Até o próprio Banco Mundial, que deu um grande impulso à "Revolução Verde", reconhece que o problema é de partilha, de acesso à terra e às sementes, e não de escassez. Mas a verdadeira causa da fome é que há muitas pessoas que não têm onde produzir os seus alimentos, nem têm dinheiro para comprá-los. Na realidade, a produção de alimentos a nível mundial é superior às necessidades e para bastantes países o problema é de superprodução. Todos os anos são queimadas ou enterradas milhões de toneladas de frutas, hortaliças, cereais e outros alimentos por questões de especulação de mercado (entre outros motivos, pois custa mais caro armazená-los ou transportá-los).

Um movimento cívico

Por todo o mundo, somos muitos os que trabalham para que chegue o dia em que a extensão da Agricultura Biológica faça dos pesticidas e dos fertilizantes de síntese uma coisa do passado.

Nos anos sessenta e setenta, os agricultores biológicos eram tidos como loucos ou, pelo menos, como sonhadores. Mas, hoje, muitos sonhos tornaram-se realidade. O desenvolvimento da Agricultura Biológica é um triunfo das pessoas comuns. É uma prova de que não são só os grandes industriais e os governos a mudar as coisas impor-tantes. Sem campanhas publicitárias, sem subvenções nem apoios, contra a opinião da maioria dos especialistas e dos funcionários, e apesar dos abusos do grande negócio agro-alimentar, a Agricultura Biológica teve de ser reconhecida a todos os níveis, desde o plano sanitário ao energético. Este é o poder dos cidadãos enquanto consumidores, e é possível graças à lógica evidente da proposta biológica.

Novas ameaças que impedem o seu desenvolvimento

O movimento biológico, em conjunto com os ecologistas e outros grupos cívicos, encara hoje mais um grave problema: a manipulação genética, que multiplica os problemas dos pesticidas já existentes e nos leva para uma nova dimensão de risco global. Na sua propaganda, assistimos às mesmas promessas não cumpridas de acabar com a fome no mundo quando a agroquímica foi introduzida em larga escala.

Por várias razões, devemos rejeitar a manipulação genética: é perigosa e absolutamente desnecessária para a produção e elaboração de alimentos, e além disso não é económica (o que não significa que as grandes multinacionais não aufiram daí grandes benefícios).Tem ainda menos sentido no caso da produção biológica e, sem grandes complicações, as multinacionais tentaram a autorização desta tecnologia nos Estados Unidos pelas normas biológicas.

Outra manipulação é a promoção de tipos de agricultura "menos agressiva", como a Protecção Integrada ou "agriculturas sustentáveis", que confundem o consumidor com denominações que não se referem a características objectivas e, ao mesmo tempo, apresentam falsas alternativas para continuar a utilizar (segundo dizem, racionalmente) pesticidas, adubos e todo o tipo de produtos de síntese, de manipulação genética, etc.


A Agricultura Biológica ganha terreno

Na Alemanha, onde estão sediadas algumas das maiores multinacionais da agroquímica, e com as pressões que isso implica, existem actualmente mais de 8.000 agricultores biológicos. No estado de Mecklemburg-Vorpomern, 10% da terra já se cultiva em Agricultura Biológica. Outros governos regionais propuseram-se alcançar também esses 10%, a curto prazo. Não obstante, com apenas 2% do total em produção biológica, a Alemanha perdeu os lugares da frente que manteve durante anos.

Alguns países vizinhos conheceram um verdadeiro boom. Na Suíça, 7% do total da agricultura é biológica e em algumas zonas, como Graubünden, a maior região do país, alcança-se os 30%.

A Áustria tem mais de 20.000 agricultores biológicos, cerca de 10% do total. A Suécia e a Finlândia ultrapassaram as percentagens da Suíça e aproximam-se agora da Áustria. E as últimas cifras vindas de Itália indicam 18.000 agricultores biológicos em fase de conversão.

A Espanha passou de 4.235 ha em 1991 para 152.100 em 1997. Em apenas 7 anos, a superfície dedicada às culturas biológicas aumentou 35 vezes.

Também nos países do Sul está a haver um importante crescimento. Um projecto de produção biológica de algodão que começou há três anos, no Uganda, com apenas duzentos agricultores, inclui hoje mais de 7.000. No México, 10.000 camponeses produzem café biológico para exportação, assim como outros produtos biológicos para consumo local. A cooperativa mexicana UCIRI coordena cerca de 7.000 agricultores em mais de 30 povoados, o que significa a conversão de toda a zona à Agricultura Biológica.

Em Cuba, temos o exemplo de como um país inteiro pode proporcionar à sua população uma alimentação de confiança, seguindo os métodos da Agricultura Biológica. Com o bloqueio dos Estados Unidos e a queda da URSS, o governo viu-se obrigado a optar por uma agricultura de auto-suficiência. Iniciou-se na prática da Agricultura Biológica, tendo este país, actualmente, quase 2 milhões de hectares em produção biológica, tanto como o conjunto dos países europeus.

O boom biológico no mercado

O desenvolvimento do mercado e a procura por parte dos consumidores são paralelos ao rápido aumento da conversão ao método biológico. O mercado nos Estados Unidos é da ordem dos 3 biliões de dólares, prevendo-se a sua duplicação nos próximos dois ou três anos. Na Alemanha, todo o sector de alimentos para crianças encontra-se já em conversão ao biológico. Em Munique, mais de 30% do pão é elaborado com ingredientes biológicos certificados.

Na Dinamarca, a Agricultura Biológica pode atingir os 100% no ano 2010. O governo dinamarquês iniciou um estudo de viabilidade da Agricultura Biológica, considerando também aspectos legais, laborais, económicos, sanitários e agronómicos. O grupo de especialistas que levará a cabo este trabalho terá apresentado as suas conclusões até ao final de 1998.
É surpreendente como, inclusivamente num país como o Egipto, a produção biológica assume já tanta importância. O projecto SEKEM, que emprega cerca de 1.000 pessoas, distribui produtos biodinâmicos a 6.000 farmácias e a 1.200 estabelecimentos. Num país de amantes de chá, aquele que é mais vendido é de produção biológica.

Este crescimento não é um luxo dos países desenvolvidos. Os mercados locais de produtos biológicos estão também a instalar-se em países do Terceiro Mundo. Neste contexto, é de extrema importância a cooperação entre a Agricultura Biológica e o movimento por um comércio justo.

O sector biológico é um dos que revela maior crescimento a nível mundial no que refere à alimentação. Alguns analistas de mercado, como o professor Ulrich Hamm calculam taxas de crescimento anual de 20 a 30% e inclusivamente de 50% em alguns países. O maior distribuidor de produtos biológicos do Reino Unido espera que os actuais 11 biliões em que se calcula o comércio mundial destes produtos alcance os 100 biliões nos próximos 10 anos, sendo os Estados Unidos e Japão os países com maior crescimento.

FONTE:http://www.naturlink.pt - 23.07.07

22 julho 2007

Janeiro 24, 2006
A vingança de Gaia

Por James Lovelock*

*James Lovelock é um dos mais renomados cientistas ambientais do mundo e membro da Royal Society, do Reino Unido. Ele diz que o efeito estufa chegou a um ponto sem retorno e que "bilhões" morrerão neste século.

ESPECIAL PARA O "INDEPENDENT"

Imagine uma jovem policial que se sente totalmente realizada na sua vocação. Então, imagine-a tendo de dizer a uma família cujo filho estava desaparecido que ele foi encontrado morto, assassinado, num bosque vizinho. Ou pense num jovem médico que tem de lhe dizer que a sua biópsia revelou um tumor agressivo em metástase.

Médicos e policiais sabem que muitos aceitam a verdade simples e horrenda com dignidade, mas muitos tentam em vão negá-la. Nós livramos os juízes da terrível responsabilidade de aplicar a pena de morte, mas ao menos eles tinham algum conforto em suas freqüentes justificativas morais. Médicos e policiais não têm como escapar de seu dever.

Este artigo é o mais difícil que eu já escrevi, e pelas mesmas razões. Minha teoria de Gaia diz que Terra se comporta como se estivesse viva, e qualquer coisa viva pode gozar de boa saúde ou adoecer. Gaia me tornou um médico planetário e eu levo minha profissão a sério. Agora, também devo trazer as más notícias.

Boa parte das terras tropicais se tornará caatinga e deserto, e não servirá mais para regulação do clima; isso se soma aos 40% da superfície terrestre que nós já devastamos para produzir nosso alimento.

Curiosamente, a poluição por aerossóis no hemisfério Norte reduz o aquecimento global ao refletir a radiação solar de volta ao espaço. Esse "apagamento global" é transitório e pode desaparecer em poucos dias junto com a fumaça que o carrega, deixando-nos expostos ao calor da estufa global. Estamos num clima de loucos, resfriado acidentalmente pela fumaça, e antes do fim deste século bilhões de nós morreremos e os poucos casais férteis que sobreviverão estarão no Ártico, onde o clima continuará tolerável.

Tarefa impossível

Ao não perceber que a Terra regula seu clima e sua composição, nós cometemos a trapalhada de tentar fazê-lo nós mesmos, agindo como se estivéssemos no comando. Ao fazer isso, condenamos a nós mesmos ao pior estado de escravidão. Se escolhermos ser os guardiões da Terra, somos os responsáveis por manter a atmosfera, os oceanos e a superfície terrestre aptos para a vida. Uma tarefa que logo acharíamos impossível -e algo que, antes de termos tratado Gaia tão mal, ela fazia para nós.

Para entender o quão impossível é a tarefa, pense sobre como você regularia a sua temperatura e a composição do seu próprio sangue. Quem tem problemas renais conhece a dificuldade diária inesgotável de de ajustar sua ingestão de água, sal e proteínas. A muleta tecnológica da diálise ajuda, mas não é substituto para rins saudáveis.

Meu novo livro, "A Vingança de Gaia", expande essas idéias, mas você ainda pode perguntar por que a ciência demorou tanto para reconhecer a verdadeira natureza da Terra. Eu acho que é porque a visão de Darwin foi tão boa e tão clara que demorou até agora para que ela fosse digerida. No tempo dele, pouco se sabia sobre a química da atmosfera e dos oceanos, e teria havido pouca razão para que ele imaginasse que os organismos modificavam seu ambiente além de se adaptarem a ele. Se fosse sabido à época que a vida e o ambiente estão tão conjugados, Darwin teria visto que a evolução não envolve apenas os organismos, mas toda a superfície do planeta.

Nós então poderíamos ter enxergado a Terra como um sistema vivo, teríamos sabido que não podemos poluir o ar ou usar a pele da Terra -seus oceanos e sistemas florestais- como uma mera fonte de produtos para nos alimentar e mobiliar nossas casas. Teríamos sentido instintivamente que esses ecossistemas devem ser deixados intocados porque eles são parte da Terra viva.

Então, o que fazer? Primeiro, precisamos ter em mente a velocidade espantosa da mudança e nos dar conta do quão pouco tempo resta para agir. Então, cada comunidade e nação precisará usar da melhor forma os recursos que tem para sustentar a civilização o máximo que puderem. A civilização usa energia intensamente, e não podemos desligá-la de forma abrupta; é preciso ter a segurança de um pouso motorizado.

Aqui, nas ilhas britânicas, nós estamos acostumados a pensar em toda a humanidade e não apenas em nós; a mudança ambiental é global, mas precisamos lidar com as conseqüências dela aqui. Infelizmente nossa nação é tão urbanizada que se parece mais com uma grande cidade, e temos apenas uma área pequena de agricultura e florestas. Dependemos do mundo do comércio para o nosso sustento; e a mudança climática nos negará suprimentos constantes de comida e combustível do exterior.

Nós poderíamos produzir comida o bastante para nos alimentar na dieta da 2ª Guerra, mas a noção de que há terras sobrando para plantar biocombustíveis ou para abrigar usinas eólicas é ridícula. Nós faremos o possível para sobreviver, mas infelizmente eu não consigo ver os EUA ou as economias emergentes da China e da Índia voltando no tempo -e eles são as maiores fontes de emissões. O pior vai acontecer, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal.

Talvez o mais triste seja que Gaia perderá tanto quanto ou mais do que nós. Não só a vida selvagem e ecossistemas inteiros serão extintos, mas na civilização humana o planeta tem um recurso precioso. Não somos meramente uma doença; somos, por meio da nossa inteligência e comunicação, o sistema nervoso do planeta. Através de nós, Gaia se viu do espaço, e começa a descobrir seu lugar no Universo.

Nós deveríamos ser o coração e a mente da Terra, não sua moléstia. Então, sejamos corajosos e paremos de pensar somente nos direitos e necessidades da humanidade, e enxerguemos que nós ferimos a Terra e precisamos fazer as pazes com Gaia. Precisamos fazer isso enquanto somos fortes o bastante para negociar, e não uma turba esfacelada liderada por senhores da guerra brutais. Acima de tudo, precisamos lembrar que somos parte dela, e que ela é de fato nosso lar.

James Lovelock lançou em 1979, a hipótese Gaia, de que o planeta se comporta como um organismo vivo. Seu novo livro, "A Vingança de Gaia", sai em fevereiro no Reino Unido.

Artigo originalmente reproduzido na Folha de São Paulo, 22/1/2006.

19 julho 2007

Worldwatch: We really are in the middle of a paradigm shift.

Lending more testimony to the recognition that the environmental movement and energy paradigms are going through a interconnected paradigm shift is Worldwatch Insitute's President Christopher Flavin. The opportunity for investors is enormous.

A new report, Biofuels for Transportation: Global Potential and Implications for Sustainable Agriculture and Energy in the 21st Century, sponsored by the German Federal Ministry of Food, Agriculture and Consumer Protection (BMELV), is a comprehensive assessment of the opportunities and risks associated with the large-scale international development of biofuels. It includes information from existing country studies on biofuel use in Brazil, China, Germany, India, and Tanzania.

17 julho 2007

CO2 pode não ser o grande causador das mudanças climáticas?

Finalmente uma reportagem sobre mudanças climáticas feita pelo Chanel 4 mostra que o CO2, parte de todos os seres vivos do planeta, não é o grande vilão das mudanças climáticas que enfrentamos. E apresenta o Sol, e suas explosões, como o grande controlador das temperaturas de nosso sistema.

Bem, nada que as plantas já não saibam... mas voltando: O CO2 está relacionado à industrialização e desenvolvimento econômico, conter a produção dele é conter a forma como o capitalismo está direcionado, pela concentração de riquesas. Como mostra o video, depois da queda do muro de Berlim, o movimento ambientalista contou com o apoio dos neo-marxistas e o Aquecimento Global hoje é colocado como a mais nova, melhor e única maneira de controlar a imensa opinião pública.

Que o clima está mudando, não temos dúvidas. Que as geleiras estão sumindo, também não. Seu reflexo é visível, disso não duvidamos. Mas até que ponto isso faz parte de nossas vidas individuais e até que ponto faz e fez parte da história da Terra?

A comoção e envolvimento que presenciamos atualmente, é a busca pelo verdadeiro preenchimento que procuramos. Conquistamos o mundo exterior e, agora que continuar conquistando está sendo cada dia mais concorrido, e de certo modo, cada dia menos prometido, estamos procurando no interior de nós mesmos as verdadeiras respostas. Encarar as mudanças climáticas como uma oportunidade de nos apaziguarmos (e não desesperarmos) talvez seja o maior desafio.

Não deixem de assistir a esse programa, com legendas em português e, não deixe de questionar as perguntas básicas de todo ser humano: quem sou, por que estou e para onde vou?

Clique aqui: http://br.youtube.com/watch?v=1JCVjg7H94s

Não perca!

Sean B. Carroll discusses the science of evolution and the field of evo-devo for NYT.

See the video here.

16 julho 2007

Seres humanos esgotam capital natural da Terra

Relatório produzido por 1.350 especialistas a pedido da ONU vê declínio em serviços fornecidos pelos ecossistemas

Claudio Ângelo, editor de Ciência, escreve para a ‘Folha de SP’:
A humanidade está fazendo um saque a descoberto no grande (porém finito) banco dos ecossistemas globais. O resultado é um colapso futuro na capacidade do planeta de fornecer bens e serviços naturais aos seres humanos, cujo primeiro efeito prático deve ser a impossibilidade de atingir as metas das Nações Unidas de combate à fome em 2015.

Quem diz isso desta vez não são os ambientalistas, mas um grupo de 1.350 cientistas de 95 países, inclusive o Brasil. De 2001 a 2005, sob a égide da ONU, eles produziram o diagnóstico mais completo já feito da saúde dos ecossistemas e de sua relação com a manutenção da vida humana.

O esforço resultou num relatório apresentado, nesta quarta-feira, a governos do mundo inteiro – no Brasil, em cerimônia em Brasília presidida pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.As conclusões da chamada Avaliação Ecossistêmica do Milênio, como quase tudo o que diz respeito ao ambiente global, são desalentadoras: quase dois terços dos chamados serviços ambientais estão em declínio acelerado.Isso significa que a capacidade do planeta de fornecer peixe e água, reciclar nutrientes do solo, minimizar o impacto de desastres naturais (como o maremoto de dezembro na Ásia) e controlar o clima local está comprometida.

Pior ainda: as alterações feitas nos ecossistemas, especialmente nos últimos 50 anos, estão provavelmente aumentando o risco de mudanças abruptas, como explosão de epidemias – como a de cólera que afetou a África subsaariana durante o El Niño de 1997/ 98 –, eutrofização de águas costeiras e mudança climática regional, induzida por desmatamento.

Para quem acha que mudanças ambientais não passam de ameaças intangíveis pairando sobre as próximas gerações em algum futuro remoto, a Avaliação do Milênio tem uma projeção imediata: a degradação dos solos e a baixa disponibilidade de água doce, especialmente na África e no sul da Ásia, devem impedir o mundo de alcançar o chamado Objetivo do Milênio de cortar pela metade o número de famintos em 2015.

‘Um dos poucos serviços ambientais em ascensão é a produção de alimentos, mas não ao ponto de atingir os objetivos [de desenvolvimento] do milênio’, disse à ‘Folha de SP’ o engenheiro florestal Rodrigo Victor, do Instituto Florestal de SP, que participa de uma das etapas do diagnóstico.

Quatro cenários montados pelos cientistas para o futuro prevêem, ainda, que mais 10% ou 20% das florestas do mundo serão convertidas em lavoura e pasto até 2050 e que a superexploração dos estoques de peixe deva crescer ainda mais.

Três deles projetam um aumento de 10% a 20% no fluxo de nitrogênio para águas costeiras, ampliando a eutrofização e a perda de biodiversidade.Uma das recomendações do estudo aos tomadores de decisão é uma reestruturação na maneira dos economistas de fazer contas.

Até agora, a maioria dos serviços ambientais pertence ao reino daquilo que os economistas chamam de ‘externalidades’, ou seja, fatores que não interferem nos custos econômicos. O valor da polinização de lavouras por insetos que habitam uma floresta vizinha, por exemplo, não é computado na hora de calcular o valor total daquela floresta.

Estudo feito em dez países do Mediterrâneo e citado no relatório mostrou, por exemplo, que serviços como recreação, seqüestro de carbono, produtos florestais não-madeireiros e proteção de mananciais respondiam por até 96% do valor total das florestas. Esses serviços são desperdiçados quando uma floresta é convertida em pasto ou plantação pelo valor da sua madeira.

Algo equivalente a queimar dinheiro.‘A degradação dos serviços de ecossistemas representa a perda de um ativo’, afirmam os cientistas. Como tal degradação não aparece na balança comercial, países como o Equador, o Cazaquistão e a Etiópia, que tiveram um aumento de seu PIB em 2001 e experimentaram perda de florestas e recursos energéticos, teriam na verdade prejuízo caso o passivo ambiental fosse incluído.

A maioria dos serviços ambientais ainda não têm um mercado, embora o seqüestro de carbono já seja valorável com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto.Mesmo assim, os custos associados à perda de alguns desses serviços já se fazem sentir. Que o digam os pescadores de bacalhau da Terra Nova, no Canadá, que tiveram de parar de trabalhar nos anos 90 pelo esgotamento do peixe, com prejuízo de US$ 2 bilhões.

No Reino Unido, os prejuízos causados pela agricultura a água, solos e biodiversidade em 1996 foram de US$ 2,6 bilhões, ou 9% da receita agrícola do país na década de 90. E as perdas econômicas causadas por desastres naturais no mundo cresceram dez vezes de 1950 a 2003 – para US$ 70 bilhões por ano. Números que não são ladainha de ambientalista.(Folha de SP, 30/3)

14 julho 2007

Ice? Just Say "No"

Por Peter Russel

Americans take ice for granted. They expect it in a glass of water at every restaurant. They want it in every soft drink. Most produce a continual supply of it at home in their refrigerators. And for parties we go and buy bags of it to fill up our buckets and bathtubs. But at what cost?
Estimating how much ice we consume each day is not easy. In addition to the ice we melt in our drinks and ice buckets, there is all the ice that is produced, only to melt away, unused, in the drain. As a rough guess we probably each "consume", either directly or indirectly, an average of around a pint of water a day as ice.

Ice as a commodity is basically energy, or, more accurately, the absence of it. To freeze water, energy (latent heat) must be extracted from it. When the ice melts, it sucks this energy back, cooling its immediate surroundings.

The latent heat of ice is about 300 joules per gram. (I shall use approximate figures throughout; it makes the calculations easier, and there is no point in using more accurate figures when the amount of ice consumed is only a guess). A pint of water weighs around 450 grams, so the energy consumed in ice by each of us, each day, is around 135,000. There are around 270 million people in the USA, making the national daily energy consumption in ice around 36 trillion joules.

Most of us have no idea how much a joule of energy is, so let us convert this figure to a more meangingful unit, the kilowatt-hour (kWh) which is the amount of energy a one kilowatt electric fire consumes in one hour. One watt is one joule/sec; so a kilowatt-hour is 1,000 x 60 x 60 joules, i.e. 3.6 million joules. Thus our national daily ice consumption represents around 10 million kWh of energy.

To generate this amount of energy takes 5,000 tons of coal, or 17,000 barrels of oil. Here's the rub. We are trying to conserve the energy we use in heating fuel, gasoline and electricity, yet at the same we are melting away a vast quantity of energy as ice -- the energy that a city the size of San Francisco consumes in gasoline each day.

Not only does the production of ice contribute to the energy crisis, it also contributes (somewhat ironically) to global warming. Each kilowatt of energy generated produces about 1.5 lb of carbon dioxide. Our daily ice consumption thus releases an additional 7,000 tons of carbon dioxide into the atmosphere each day, making its own contribution to the greenhouse effect. In addition, we must factor in the cost of the equipment used to produce the ice, plus the damaging effect on the ozone layer of all the CFCs released into the atmosphere when our ice-making machines fall apart on the scrap heap.

Why do we want all this ice? We certainly do not need it. Europeans do not expect it in every glass of water or soft drink, while traditional Japanese, Chinese and Indian medecines advocate the drinkiing of warm water with meals. Its cooling effect on the body is negligible. It has no health benefit. Just the opposite. The temperature stress on our teeth can crack the enamel, increasing the likelihood of tooth decay. The lining of the stomach is weakened by having to cope temperatures for which it was not designed. The cooling in the stomach unnecessarily draws blood from other regions of the body. It also soldiifies the oily stuff in food you have just consumed, which increases the amount of fat absorbed the intestine. In addition, ice-making machines can harbor Legionnaire's Disease and other unsavory microbes. You may drink bottled water, but the chances are the ice that's put in it is tap water.

Ice is a social addiction. We don't need it, but we've been led to believe we can't do without it. Yet we get nothing from it but an oral stimulation.

But every addiction has its cost. Here the cost is unnecessary energy consumption, increased environmental degradation, and possible damage to your health. So the next time you are offered ice, just say "No".

13 julho 2007


300 pessoas vegetarianas pela paz! Rio de Janeiro, 01/07/07.


12 julho 2007

World Population Day 2007: A New Urbanite Every Two Seconds

Every two seconds, one person joins the planet's expanding urban population, and in 2008, for the first time in human history, a majority of people will live in cities. Last week, the UN Population Fund released its State of World Population 2007 report, which calls for a "revolution in thinking" to help cities unleash their potential to spur economic growth and solve social problems.

in this video of the launch event in Washington, D.C., Worldwatch President Christopher Flavin discusses the imperative of developing our urbanizing world sustainably in order to meet the needs of the 1.1 billion people projected to join the world's population between now and 2030. Over half of these people may live in under-serviced slums, according to Worldwatch's recent report State of the World 2007: Our Urban Future.

Study: Organic Farming Can Feed the World

Organic farming can yield up to three times as much food as conventional farming in developing countries, and holds its own against standard methods in rich countries, U.S. researchers said on Tuesday.

They said their findings contradict arguments that organic farming -- which excludes the use of synthetic fertilizers and pesticides -- is not as efficient as conventional techniques.

"My hope is that we can finally put a nail in the coffin of the idea that you can't produce enough food through organic agriculture," Ivette Perfecto, a professor at the University of Michigan's school of Natural Resources and Environment, said in a statement.

She and colleagues analyzed published studies on yields from organic farming. They looked at 293 different examples.

"Model estimates indicate that organic methods could produce enough food on a global per capita basis to sustain the current human population, and potentially an even larger population, without increasing the agricultural land base," they wrote in their report, published in the journal Renewable Agriculture and Food Systems.

"We were struck by how much food the organic farmers would produce," Perfecto said.

"Corporate interest in agriculture and the way agriculture research has been conducted in land grant institutions, with a lot of influence by the chemical companies and pesticide companies as well as fertilizer companies, all have been playing an important role in convincing the public that you need to have these inputs to produce food," she added.

(read the full study published in Cambridge University Jou...)

Gigante de pés de barro 12/07/2007

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – “A próxima grande crise econômica acontecerá na China, que, ao contrário do que se diz, não se tornará a maior potência mundial.” A previsão foi feita categoricamente por Pao-yu Ching, professora emérita do Marygrove College, em Michigan, nesta quarta-feira (11/7), durante a 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belém.

De acordo com a economista chinesa radicada nos Estados Unidos há 30 anos, o avassalador crescimento econômico chinês não é sustentável e, apesar dos números positivos na última década, o país está fora de controle.

“A economia mundial está entrando em um período de baixo crescimento. A China, dependente das exportações, sofrerá um impacto violento. Eu realmente acho que estamos na iminência de uma crise econômica capitalista talvez sem precedentes”, disse Pao-yu à Agência FAPESP.

Segundo ela, o processo de restauração capitalista na China deixou uma pequena parte da população em situação muito boa, mas as condições sociais da esmagadora maioria, especialmente camponeses, são desastrosas.

“A demanda doméstica é muito pequena, porque as pessoas não têm poder de consumo. Por essa razão, há uma capacidade excessiva em várias indústrias, como eletrodomésticos, automóveis ou bicicletas. Muitas delas estão com capacidade tão grande que não podem mais continuar a investir. E, se elas não investem, a economia desaquece”, destacou.


Crise em todas as áreas

O desenvolvimento capitalista na China, desde a reforma de 1979, trouxe boas estatísticas à macroeconomia. Mas, desde então, saúde, educação, habitação e o próprio trabalho se tornaram mercadorias, impedindo o acesso da população com salários baixos.

“As condições sociais na China são muito ruins e ficarão piores. Há muita gente trabalhando no setor informal, em cenário parecido com o do Brasil. O desmantelamento das comunas em 1984 causou um êxodo rural incessante. Na cidade, os camponeses não encontram meios de subsistência – não têm renda, nem escolas, nem acesso a hospitais. A crise atinge todas as áreas, inclusive o meio ambiente”, afirmou.

Para Pao-yu, as previsões de que o crescimento econômico da China levará o país a ser uma potência mundial que concorrerá com os Estados Unidos são uma ilusão. “Minha visão é completamente oposta. Em 1994 e 1995, os tigres asiáticos estavam crescendo muito rapidamente, mas na Malásia, na Tailândia ou nas Filipinas todos sabem que a população ainda sofre com a crise de 1997.”

De acordo com a economista, a China, depois de entrar na fase de desenvolvimento capitalista, tornou-se economicamente semelhante a qualquer outro país pobre, mas sem liberdade política. Ou seja, o resultado para a maioria da população foi o pior dos dois mundos.

“Antes havia baixos salários, mas os preços também eram pequenos, porque as necessidades básicas não eram confundidas com mercadorias. Isso diferenciava a China dos outros países pobres. Nesses países há fome não porque haja escassez de comida, mas porque os pobres não têm recursos para comprar alimentos. A China agora é assim”, destacou.

Segundo Pao-yu Ching, toda a situação crítica da China não é evidente em boa parte das cidades. “Se você for para lá agora, a situação pode até passar despercebida, em meio à modernidade das cidades. Cerca de 20% da população vive com fartura e as estatísticas mostram que o país está bem. Mas se trata de uma economia unicamente exportadora”, disse ela.

09 julho 2007



Pois somos pessoas !!!

03 julho 2007

Generation Now

Young, wired and living life on the digital edge — meet the Millennials

By Tom Tresser | Photos by Xiao Guang Tse

If you can’t remember a time when the world was not wired, you are a member of the Millennial Generation — the 33 million Americans between the ages of 15 and 25. You are special. You are different. The fate of the planet is on your shoulders. No pressure.

Before your arrival, the largest, richest and most influential generation in American history were your parents — the Baby Boom Generation — the some 78 million Americans born to G.I. Dads and Lindy-hopping Moms in the years after the end of World War II. Succeeding them, born between 1964 and 1977, was Generation X, clocking in much smaller, at 37 million. But with over 80 million Americans born after 1977, Generation Y is the new large and in charge generation. Gen Y includes Echo Boomers (loosely defined as the children of the Boomers born after 1977), and Millennials, (those born after 1982). Like their Boomer parents before them, the opposite ends of the Gen Y/Echo/Millennial generation are vastly different from each other. And Millennials, say experts, “are unlike any other youths in living memory: More numerous, more affluent, better educated and more ethnically diverse than those who came before.” Those words from William Strauss and Neil Howe, social scientists who coined the term “millennial” in their book Millennials and the Pop Culture (LifeCourse Associates, March ’06).

Perhaps the most outstanding detail that distinguishes this generation — from even those born just a couple of years earlier — is their level of media consumption, particularly online. Today, the average teenager spends more than 72 hours a week using electronic media — cell phones, internet, television, music and video games — according to a 2006 study.

“There’s an intense focus on openness, sharing information, as both an ideal and a practical strategy to get things done,” explained Mark Zuckerberg, 23-year-old Millennial wüunderkind and founder and CEO of Facebook, in a recent interview with Fast Company. On Facebook.com, students log in daily to chat, flirt and connect — the average user frittering away eight hours a month on the site.

All that time spent social networking has indoctrinated Millennials into the cult of groupthink, refashioning them into the most collaborative and team-oriented generation the world has seen in many a decade. This manifests in “a wide array of positive social habits that older Americans no longer associate with youth, including a new focus on teamwork, achievement, modesty and good conduct,” say Strauss and Howe.

Millennials spend 16 hours a week on the Internet — and that’s not including emailing. Recent research from the Pew Internet and American life project shows nearly 80 percent of the 28 and younger set regularly read blogs, compared with just 30 percent of adults 29 to 40. And roughly 40 percent of teenage and 20-something Internet users have created their own blog, as compared to just a sliver of 30-somethings — a mere 9 percent.

Thirty-five-year-old entrepreneur and youth-marketing guru Anastasia Goodstein turned her fascination with the evolving Internet habits of Millennials’ into a book, Totally Wired: What Teens and Tweens Are REALLY Doing Online (St. Martin’s Griffon, March ’07). She calls Millennials the “mash up generation,” because they’re constantly taking bits and pieces of popular culture and then remixing them — essentially creating their own tailored subcultures.

Out of Myspace and Into the World

But with personally-crafted online networks right at their fingertips, Millennials are confronting some harsh realities when they step outside their virtual world. Julia Dossett, a 25-year-old Marketing Associate for the Steppenwolf Theater Company in Chicago, observes this phenomenon in the numbers of her peers who seem to resist engagement in a personal and professional commitment because “they are waiting around for the ideal to come along.” This can breed apathy, resentment and a sense of entitlement.

“None of these will help my generation actually reach the potential we were encouraged to achieve as children so long ago,” Dossett laments. “We were raised to believe we could do anything we wanted and be anything we wanted, and that nothing was out of reach. But now that we are young adults living away from our parents — I think we sometimes find the choices overwhelming.”

Jean Twenge, a psychology professor at San Diego State University and author of Generation Me: Why Today’s Young Americans Are More Confident, Assertive, Entitled — and More Miserable than Ever Before (Free Press, March ’07), blames much of Millennial angst on the over indulgences of boomer parents. “They were raised by ‘helicopter’ parents who constantly hovered over them — providing unending praise, support and, perhaps, unrealistic expectations that the world was their oyster,” says Twenge. This group is highly optimistic — they expect to go to college, to make lots of money, and perhaps even to be famous. The misery is produced, says Twenge, when these overly confident youngsters hit a stressed-out work place rife with uncertainty.

“Many people reaching their twenties find that their jobs do not provide the fulfillment and excitement they had anticipated,” Twenge continues. “And their salary isn’t enough to afford even a small house.”

Millennial dissatisfaction in the workplace has not gone unnoticed by employers. Anastasia Goodstein recounts a recent Wall Street Journal article about a company that hired a praise consultant to help assuage the egos of young employees. “This is a generation used to veneration and attention and getting a pat on the back,” Goodstein explains. But still, Goodstein wonders what kind of praise the consultant might offer. “Maybe ‘Great job, you showed up today!’ ”

On EmployeeEvolution.com, 20-something bloggers Ryan Paugh and Ryan Healy hope to “create an anonymous dialogue between our generation and the corporations struggling to understand our attitudes about work.” In a recent post entitled “Where Should a Millennial Draw the Line?,” Paugh writes, “Part of being an entry-level worker is just waiting for something big to come your way. In the meantime, you bite your lip and act busy. Preceding generations say it’s normal. I say it sucks. If what our elders say is true, we’re supposed to keep on truckin’. Eventually we’ll have some real responsibility and the downtime will be nothing less than treasured. The problem is, I don’t live my life on blind faith.”

Richard Florida, best-selling author of Rise of the Creative Class, gets Paugh’s message loud and clear. “This generation values intrinsic rewards more so than salary and benefits,” says Florida. “A culture which fosters tolerance and learning is one they will seek out and thrive in. The organizations that do this best will be the ones that prosper in the creative age.”

Political Scenesters

Smart, savvy and civically engaged, there is no doubt Millennials will affect profound change on the political level. When they start occupying elective offices, expect new initiatives to protect children, promote literacy and safety and reform dysfunctional educational systems. Experts also anticipate this generation will affect profound political change on a consumer level, especially concerning where and why they open their pocket books. Their loyalty will lie with socially responsible business practices.

In fact, they’re dedicating their time to efforts they care about more than ever before. In 2003, 83 percent of college freshman were volunteering — up from about 66 percent in 1990 (a side effect of increasingly competitive college acceptance rates perhaps, but nice nonetheless).

And for those dismayed by the general public’s apparent distrust of smart politicians, here’s a great sign: Eight in ten teens now say it’s “cool to be smart.” Test scores are up, and 73 percent of high school students say they want a four-year college degree.

“Two things represent my generation,” concludes Chris Hales, 25-year-old CEO of Anti-Matter Media a Chicago-based multimedia company. “Technology and the ‘Do-It-Yourself’ aesthetic. With the increase of technology, opportunities for networking with others seem endless, enabling us to turn out more authors, films, record labels and artists than previous generations. When you put the two together you have the recipe for a generation that is willing to go out and make stuff happen on their own.”

Tom Tresser is an aging boomer, educator, organizer and creativity champion who consults with nonprofits and local governments on using the arts for economic development, civic engagement and celebration.

Chart: American Generations — What Shaped Them

Boa matéria no Fantástico sobre consumo sustentável: O Mundo de Valentina, o futuro da comida na Terra; clique aqui.