28 junho 2007

Empresa brasileira tem primeiro plástico verde certificado do mundo
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010125070627

A Braskem anunciou a produção do primeiro polietileno a partir do etanol de cana-de-açúcar certificado mundialmente, utilizando tecnologia competitiva desenvolvida no Centro de Tecnologia e Inovação da empresa. A certificação foi feita por um dos principais laboratórios internacionais, o Beta Analytic, atestando que o produto contém 100% de matéria-prima renovável.

Plástico verde

O polímero verde da Braskem - polietileno de alta densidade, uma das resinas mais utilizadas em embalagens flexíveis - é resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que já recebeu cerca de US$ 5 milhões em investimentos.

Parte desse montante foi destinada à implantação de uma unidade-piloto para produção de eteno - base para fabricação do polietileno - a partir de matérias-primas renováveis no Centro de Tecnologia e Inovação Braskem, que já está produzindo quantidades suficientes para o desenvolvimento comercial do produto.

"A liderança da Braskem no projeto do polietileno verde confirma o nosso compromisso com a inovação e o desenvolvimento sustentável e abre perspectivas muito positivas para o desenvolvimento de produtos plásticos feitos a partir de matérias-primas renováveis, um campo em que o Brasil possui vantagens competitivas naturais", afirma José Carlos Grubisich, presidente da empresa.

Plástico de etanol

O projeto entra agora em fase de detalhamento técnico e econômico, e o início da produção do polietileno verde em escala industrial está previsto para o final de 2009. A nova unidade deverá ter tecnologia moderna e escala competitiva, podendo atingir capacidade de produção de até 200 mil toneladas por ano.

A produção de plásticos a partir do etanol se destina a suprir os principais mercados internacionais que exigem produtos com desempenho e qualidade superiores, com destaque para a indústria automobilística, de embalagens alimentícias, cosméticos e artigos de higiene pessoal.

Avaliações realizadas na fase inicial do projeto constataram um enorme potencial de crescimento e de valorização do mercado de polímeros verdes. Como essas resinas têm o mesmo desempenho e propriedades do produto similar obtido a partir de matéria-prima não renovável, a indústria de manufaturados plásticos deverá beneficiar-se desse importante desenvolvimento sem a necessidade de fazer investimentos em novos equipamentos.

"Ashes and Snow"
Uma rara exibição de imagens de Gregory Colbert mostra a intimidade entre homens e animais em locais onde a intimidade entre humanos e os demais seres ainda pode ser desfrutada.




In a rare public appearance, photographer Gregory Colbert shares an astounding film from his exhibit, Ashes and Snow, and announces his new initiative, the Animal Copyright Foundation, which aims to collect royalties from companies using images of nature in their ad campaigns. For more than a decade, Gregory Colbert has traveled the world and collaborated with 40+ species to create "Ashes and Snow," a ground-breaking exhibition of more than 100 photographs and three films, housed in the Nomadic Museum. Colbert's extraordinary sepia-toned images reveal a rarely seen poetic beauty in man's relationship to the animal kingdom. (Recorded February 2006 in Monterey, CA. Duration: 18:42)

18 junho 2007

15/06/2007
ONG que quer comprar terra na Amazônia recebe 20 mil doações

Vinte mil pessoas fizeram doações na primeira semana de campanha do site da ONG Cool Earth, que promete proteger e comprar terras na Amazônia.

A iniciativa foi lançada no dia 5 de junho, com apoio de várias personalidades e entidades ambientalistas britânicas.

O valor total das doações realizadas não foi revelado pelos representantes do projeto. Segundo eles, doadores de maior porte fizeram aportes diretos, sem entrar no site, que ainda estão sendo contabilizados.

O projeto propõe que os doadores patrocinem, por 35 libras (cerca de R$ 140), meio acre de terra - o equivalente 2 mil metros quadrados de mata -, embora seja possível fazer doações menores.

Manutenção - De acordo Mathew Owen, diretor da ONG, o dinheiro arrecadado tem dois destinos. O primeiro é investir na preservação de florestas que já estão protegidas ou que já são de propriedade da entidade ou de parceiros. Um segundo destino da receita é a compra de terras.

Segundo a Cool Earth, o objetivo principal é evitar a derrubada da vegetação e, com isso, a liberação de toneladas de CO2 na atmosfera - segundo o próprio projeto, cada acre de floresta queimado libera até 26 toneladas de CO2.

Os representantes da campanha acreditam ser preciso convencer as comunidades nas “regiões em risco” que é melhor preservar a floresta do que destruí-la.

“O que realmente estamos tentando fazer é simplesmente criar um mecanismos para a geração de recursos e colocar esse dinheiro nas mãos das comunidades nas florestas tropicais, para assegurar que eles consigam um melhor nível de vida mantendo a floresta de pé”, disse Owen.

A Cool Eath afirma que colocará todas as propriedades compradas no nome de instituições locais e que irá apenas administrar as propriedades por um sistema de arrendamento por um período inicial de dez anos.

Ingenuidade? - Embora o apoio do público tenha sido grande, alguns ambientalistas e especialistas brasileiros acreditam que o projeto tem problemas sérios.

O diretor-geral do Serviço Florestal do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo, considerou “inocente” a campanha. “A floresta não está à venda”, afirmou Azevedo. Ele disse que a Lei de Gestão de Floresta Pública, em vigor desde o ano passado, proíbe a venda de qualquer área na floresta que já não tenha títulos de propriedade privada.

“Quando alguém diz que está comprando área na Amazônia, existe uma grande probabilidade de ser uma área pública”, diz Azevedo. “Este tipo de solução não ajuda, ela ilude”, afirmou.

O ambientalista Paulo Adario, coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace, também considera “ingênua, embora bem intencionada” a campanha.

“É uma visão de pessoas bem intencionadas, mas que desconhecem a complexidade do local”, afirmou Adario, que vive em Manaus, onde fica o escritório regional do Greenpeace que cuida da Amazônia.

Ele diz que o processo de grilagem de terras públicas na região foi tão intenso que é muito difícil hoje em dia conseguir grandes extensões de terras com documentação legal.

“Não existem grandes áreas de terra à venda com documentação razoável. A questão da propriedade de terras na Amazônia é um pesadelo”, afirmou.

15 mil acres - Os integrantes do Cool Earth afirmam estar conscientes dessas dificuldades. Um dos idealizadores da campanha é o milionário sueco Johan Eliasch, que em 2005 comprou uma área de cerca de 160 mil hectares na Amazônia para preservação e foi alvo de muitas críticas.

Mathew Owen, da ONG, disse que as terras do milionário sueco não estão incluídas no projeto e que o foco principal no Brasil não é comprar terras novas, mas principalmente ajudar as comunidades a preservá-las.

“Nosso principal objetivo é investir na manutenção”, afirmou Owen. Segundo ele, cerca de 10% dos recursos arrecadados devem ser gastos em administração e 30% em compra de novas terras. “O restante (os outros 60%) será investido nas comunidades locais”.

A ONG afirma que detém - diretamente ou por meio de parceiros - 5 mil acres no Brasil (o equivalente a 2 mil hectares) e que pode comprar mais 15 mil acres (8 mil hectares) no prazo de um ano. (Estadão Online)

15 junho 2007

Começa diagnóstico participativo da Agenda 21 de Alta Floresta

14/06/2007

Acontece no dia 20 de junho, no RECANTO DAS ORQUÍDEAS a reunião do Fórum de Políticas sustentáveis e Agenda 21 Local. Nessa reunião será discutido Rede Nacional das Agenda 21 Locais, eleição do coordenador do fórum e ainda, discutiremos os encaminhamentos do trabalho da agenda 21 local, tal como o Plano de intervenção de áreas alteradas.


O QUE: reunião do Fórum de Políticas Sustentáveis e Agenda 21 Local

QUANDO: 20/06/2007, 14h às 16h.

ONDE: Recanto das Orquídeas

CONTATOS: Anderson Flores (66) 9207 3348


A Agenda 21 Local é um projeto da prefeitura de Alta Floresta, com financiamento do Fundo Nacional do Meio Ambiente, e visa elaborar junto com a sociedade alta-florestense uma agenda de políticas públicas para a construção de uma sociedade sustentável, ou seja, uma sociedade com melhor qualidade de vida para a população, através do incremento da renda e crescimento econômico, da inclusão social e do equilíbrio ambiental, conforme os princípios estabelecidos pelas diretrizes da Agenda 21.



O que é Agenda 21 Local?

É um instrumento de planejamento de políticas públicas municipais. Uma espécie de guia, onde estão retratados o perfil do município, os problemas e ações que a população considera prioritários e ainda o desenho do município que a população sonha em ter no futuro, levando em consideração áreas como saúde, educação, habitação, infra-estrutura, habitação, produção, entre outros.


Pra que serve uma Agenda 21 Local?

Para que o poder público tenha um documento que oriente sua atuação de acordo com o que a população acha prioritário. E também para que cada setor do município descubra como pode fazer para melhorar sua região, compartilhando a responsabilidade pela construção da cidade que todos sonham.


Objetivos específicos do Agenda 21 Loca de Alta Floresta:

• Fortalecer a capacidade dos diversos segmentos da sociedade local de se mobilizarem e trabalharem em conjunto, de forma articulada, para a melhoria das condições sócio-econômicas e ambientais;

• Apoiar o processo de capacitação e formação continuada dos diversos segmentos da sociedade, abrangendo o setor público, o setor privado e a comunidade, visando subsidiar uma mudança de paradigma em direção à sustentabilidade;

• Consolidar e disseminar a base de informações necessárias ao desenvolvimento de estratégias e ações visando a sustentabilidade;

• Construir a Agenda 21 do município, podendo servir de referência para a construção da Agenda 21 dos municípios vizinhos e da região da Amazônia Mato-Grossense;

• Encaminhar propostas concretas e detalhadas no campo do manejo e recuperação de áreas alteradas, uma questão considerada prioritária na realidade local.


Maria Elisa Corrêa Silva
(66) 3521-8555
(66) 9208-1672
mariaelisa@icv.org.br

11 junho 2007

Fracasso! G8 não assume metas contra o aquecimento global


08 de Junho de 2007 por Greenpeace.org.br

Alemanha — Lula perde oportunidade de liderar G5 na luta contra as mudanças climáticas

Conforme previsto, a cúpula do G8 não foi além do óbvio. Na análise do Greenpeace, o término da reunião na Alemanha foi marcado pela falta de metas concretas dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia para combater o aquecimento global.

A afirmação da cúpula sobre a necessidade de uma “redução substancial” da emissão dos gases de efeito estufa foi considerada redundante e vazia pelo Greenpeace, especialmente após a divulgação do relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) no início deste ano. “Os últimos 15 anos nos ensinaram que compromissos voluntários simplesmente não funcionam, daí a importância das metas para o desenvolvimento de ações urgentes. Declarações vazias não ajudarão em nada”, lamenta Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace no Brasil.

Mais uma vez, os Estados Unidos retalharam qualquer acordo efetivo de redução de emissões de gases do efeito estufa. Nem o consenso científico sobre a necessidade de cortar em 50% as emissões até 2050, mantendo a elevação da temperatura abaixo dos 2°C dos níveis pré-industriais, foi suficiente para levar os grandes líderes mundiais à ação concreta.

“O documento final da cúpula apenas diz que medidas de redução devem ser ‘consideradas seriamente’, enquanto os líderes do G8 deveriam apresentar metas claras e definir as negociações do período pós-2012 do Protocolo de Kyoto”, avalia Furtado.

EUA: ainda o grande vilão

De acordo com John Coequyt, analista de política energética do Greenpeace nos Estados Unidos, “a obstrução dos EUA resultou em uma falha do G8 em estabelecer uma meta global para redução de gases de efeito estufa. É mais uma oportunidade perdida que reforça a necessidade e a urgência de uma resposta de peso do Congresso Americano”, afirma. “Ao menos, foi reafirmado que as Nações Unidas é o fórum de discussão apropriado no combate às mudanças climáticas, e não o processo de fachada anunciado pelo Presidente George W. Bush na última semana”. O fato é que os demais países do G8 devem caminhar independentemente da resistência americana, pois o tempo para agir está se esgotando.

Brasil e G5

A posição do G5 (Brasil, China, Índia, México e África do Sul), publicada ontem no documento oficial da reunião, também foi frustrante, na avaliação do Greenpeace. Ações reais contra as mudanças climáticas deram lugar a um conjunto de recomendações genéricas no sentido de estabelecer o “diálogo” e “compartilhar conhecimento”.

O G8 indica a necessidade de contribuir com os países em desenvolvimento, principalmente com relação ao combate ao desmatamento. No documento, o Brasil solicita apoio financeiro ao G8 para acabar com o desmatamento, porém, em nível nacional, o governo federal ainda não assumiu claramente o compromisso de zerar o desmatamento, priorizou a proteção dos recursos naturais ou comprometeu-se com a implementação de uma Política Nacional de Mudanças Climáticas.

“O fato é que a agenda de Lula na reunião do G8 era a venda de etanol. Sabemos que os biocombustíveis são parte da solução das mudanças climáticas, mas isso não quer dizer que o Brasil será uma Arábia Saudita verde como gosta de promover o presidente. Não vemos uma estratégia definida do governo brasileiro quando o assunto é a garantia da produção de alimentos e a conservação de nossas florestas, o que pode tornar a produção do etanol parte do problema”, afirma Furtado.

Para o Greenpeace, o Brasil e os demais países do G5 deveriam estar discutindo como fazer sua própria revolução energética, qual a maneira mais rápida e efetiva de se transferir tecnologia e investimentos necessários para o estabelecimento de mercados nacionais de energias renováveis.

“O Brasil poderia e deveria liderar esse movimento internacional, principalmente a discussão sobre clima e florestas. Em vez disso, o governo continua lançando mão de argumentos desgastados, como o de não assumir metas, já que a responsabilidade histórica é mínima. Definitivamente não é o que a sociedade brasileira espera dos tomadores de decisão, especialmente por conta do pouco tempo que temos para agir”, conclui Furtado.

A China, com todos os seus problemas, vem demonstrando maior habilidade do que o Brasil no desenvolvimento de estratégias, como o lançamento de sua Política Nacional de Mudanças Climáticas no último dia 4.

Ações na Alemanha

O Greenpeace realizou uma série de ações durante a cúpula do G8, exigindo ação dos países participantes para barrar o aquecimento global. Às vésperas da reunião, mais de 600 pessoas formaram um banner humano com os dizeres “G8: Aja agora!”. No dia 7, a bordo de barcos, 24 ativistas carregaram a mesma mensagem para a frente do hotel onde acontecia o encontro. A polícia reagiu, ferindo alguns ativistas. E nesta sexta-feira, a bordo de um balão, o Greenpeace levou o pedido “G8: Aja agora!” aos céus. Helicópteros da polícia alemã cercaram o balão e obrigaram os ativistas a pousar.

05 junho 2007

Coca-Cola promete devolver água à natureza

Meta é impacto zero; só em bebidas, empresa usa 290 bilhões de litros por ano.
Da EFE

A Coca-Cola se comprometeu hoje a restituir à natureza "cada gota" de água que utiliza, num programa com o grupo ambientalista WWF, que servirá para proteger sete das grandes bacias hidrográficas do mundo, entre elas as do Yang-Tsé, na China, e as dos rios Bravo e Grande (na fronteira entre Estados Unidos e México).


"Nossa meta é restituir cada gota de água empregada em nossas bebidas e em sua produção. Isso significa reduzir a quantidade de água que utilizamos, reciclar a água usada na fabricação e devolver a água às comunidades e à natureza", disse em Pequim o presidente do multinacional, Neville Isdell.

No entanto, afirmou, para atingir o objetivo "a companhia precisará de tempo e da cooperação de distribuidores, fornecedores e conservacionistas".

A Coca-Cola se compromete também no programa, com um custo previsto de US$ 20 milhões, a adotar medidas para reduzir suas emissões de gás carbônico, causador do aquecimento global, durante a fabricação de suas bebidas.

O projeto foi anunciado no Dia Internacional do Meio Ambiente, na abertura da reunião anual do WWF (Fundo Mundial para a Fauna e Flora Silvestres), que vai até o dia 8, em Pequim, com a presença do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Segundo Neville, 40% da água utilizada pela companhia (290 bilhões de litros em 2006) são parte das bebidas. O resto é usado nos processos produtivos, entre eles limpeza, calefação e esfriamento.

Através do programa, a multinacional e o WWF trabalharão para melhorar a eficiência no uso de água em toda a cadeia produtiva da companhia, começando pela cana-de-çúcar.

No entanto, disse o diretor, a questão da cana-de-açúcar também está relacionada com as políticas agrícolas.

"O uso incorreto de água não é algo que nós possamos resolver sozinhos. Depende dos governos", disse o diretor, explicando que a companhia está buscando alternativas.

"O açúcar contido em cada litro de Coca-Cola precisa de 175 litros a 200 litros de água para ser produzido. Esse é o grande problema", afirmou Jason Clay, do WWF.

Reflorestamento, coleta de água de chuva e técnicas agrícolas mais eficientes serão algumas das medidas do programa.

O presidente do WWF, Carter Roberts, lembrou que só 3% da água do planeta são água potável. Deste percentual, dois terços estão congelados e a terça parte restante está disponível.

"Da terça parte utilizável, 70% vão para a produção de alimentos, 22% para processos de fabricação e energéticos e o resto em bebida e saneamento", ressaltou.