Ciência é essencial para combate à pobreza
Jornal O Globo, 24/7/2007
Um relatório da agência das Nações Unidas para o comércio e o desenvolvimento (Unctad), divulgado este mês, disse que não existe outro meio para ajudar os países mais pobres do que o investimento em ciência, tecnologia e inovação. Segundo a Unctad, as nações menos desenvolvidas estão aprisionadas numa espécie de armadilha tecnológica. O relatório destacou que existe pouco estímulo internacional ao desenvolvimento da ciência nos países pobres. E citou como exemplo o fato de apenas 4% do total dos empréstimos concedidos pelo Banco Mundial nos últimos 25 anos terem ido para a projetos de ciência e tecnologia.
O relatório recomenda que esse percentual seja, pelo menos, dobrado. A Unctad destaca ainda que as empresas dos países ricos não transferem tecnologia quando se instalam em nações mais pobres. Na África, empresas de mineração e petróleo são o exemplo mais gritante. A principal autora do estudo, Zelijka Kozul-Wright, disse que duas coisas são necessárias: (1) estimular a criação de uma base para o desenvolvimento científico, isto é, melhorar a educação; (2) aumentar o volume de investimentos na área de C&T. O relatório do Unctad diz que avanços na área têm sido registrados só na Ásia. Países como Camboja, Laos e Bangladesh aumentaram significativamente seus investimentos na criação de uma base científica.
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