09 fevereiro 2007

Taí um bom representante da nova geração
Acostumado a papéis que desafiam os modelos convencionais, Gael Bernal destacou-se também na geração de atores que usa a imagem para divulgar questões políticas e ambientais, como na campanha contra os transg~enicos em seu país.

FESTIVAL DE BERLIM 2007
Começa o festival: Gael Garcia honrado por ser jurado e La Vie en Rose aplaudido na pré-estréia

García Bernal, de 28 anos, é o jurado mais jovem desta edição do festival, ao lado de nomes lendários do cinema, como o diretor Paul Schrader ou os atores Willem Dafoe e Mario Adorf.

Ernesto Perez - ANSA

BERLIM - O ator mexicano Gael García Bernal disse estar "honrado, mas com vontade de se divertir" com seu novo papel de jurado da 57ª edição do festival de Berlim que começou neste dia 8 de fevereiro.

García Bernal, de 28 anos, é o jurado mais jovem, mas não teme se sentar entre homens lendários do cinema, como o diretor Paul Schrader ou os atores Willem Dafoe e Mario Adorf.

"Desde criança eu gosto de desafios e quando começaram a me oferecer papéis fora do meu país, quanto mais longe me chamavam, mais contente eu ficava com o desafio", declarou o ator.

O protagonista de Amores Brutos comentou que se "entusiasmava ao saber que ia conhecer um país diferente, com costumes, cultura e pessoas diferentes, portanto se o convidam para trabalhar em um filme na Islândia, quando for verão, aceito com muito gosto o papel".

"É a primeira vez que me chamam para integrar um júri, mas acredito que junto com todos meus companheiros formamos um coquetel internacional, no qual cada um colaborará com sua maneira de ser, suas opiniões e gostos até chegar a um julgamento o mais ponderado possível", destacou.

"Eu penso que definitivamente o cinema é contado da mesma forma em todo o mundo e por isso o lugar onde se nasceu, seja na América, Europa, Ásia e Oriente Médio, não impedirá que nos entendamos", defendeu.

Esse é um momento importante para os cineastas mexicanos, candidatos ao Oscar e os Bafta, ganhadores dos Globos de Ouro e dos Goya, e isso motivou o ator a falar do cinema de seu país.

"O sistema produtivo no México não contribui para a criação de uma indústria forte e isso obriga alguns de nós a trabalhar em outros países, mas no cinema existem regras, mas não fronteiras nem limites ao próprio talento", declarou Gael García.

"Isso também nos incentiva a voltar para o México para mudar a situação, eu, por exemplo, vivo e quero viver sempre em meu país apesar de que gosto muito de viajar para outros lugares e fazer cinema em todo o mundo", concluiu o ator da premiada Babel.

La Vie en Rose é aplaudido em pré-estréia na Berlinale
A primeira projeção para a imprensa do filme La Vie en Rose, do francês Olivier Dahan, arrancou aplausos calorosos dos jornalistas. A fita é a escolhida para a abertura na noite de hoje da 57ª edição do Festival de Cinema de Berlim. Mas há quem diga que na noite de gala a recepção do filme, protagonizado por Marion Cotillard, será diferente.

La Vie en Rose, que é um dos quatro filmes franceses na mostra competitiva, aposta no sentimentalismo, narrando a vida incrível da cantora Edith Piaf, ícone da canção francesa, que morreu aos 47 anos. (ANSA)

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